Entrevista da semana
É extenso o histórico de Peterson Pepe na construção de políticas públicas sociais, religiosas e para a juventude, e na promoção de manifestações políticas em busca de melhorias regionais. Porém sua primeira – e única – experiência partidária foi com o Partido Republicano Brasileiro. A atuação pública nas lutas sociais o conduziu, naturalmente e consequentemente, para a atuação política partidária. Em Capão Redondo, bairro periférico onde o republicano reside, as lutas por progressos em diversas áreas são constantes e o envolvimento da população com o dia a dia da administração pública se faz necessária.
Sua filiação ao PRB aconteceu em 2013, quando convidado para se candidatar a deputado estadual. Com 5.561 votos, ele conquistou o sexto lugar na lista de mais votados pelo partido naquelas eleições. Formado em processamento de dados, área em que atua desde 1995, e casado com Luciana Pepe, que também milita no partido, em 2013, Pepe conciliou suas diferentes atividades com a presidência da sigla em sua região. O que ele conquistou até aqui agrega muito mais do que melhorias físicas ou de infraestruturas: as realizações ajudarão a amplificar a mensagem republicana nas eleições de 2016.
Confira detalhes na entrevista desta semana:
PRB Capital SP: Peterson, por que escolheu o PRB e não outro partido para se filiar? O que fez com que se identificasse tanto?
Peterson Pepe: Admiro demais todas as lideranças do nosso partido. Tenho um enorme respeito por todos que conheci até aqui. Um partido é feito de seres humanos e vejo no PRB um coletivo de pessoas incríveis que estão realmente comprometidas com as necessidades do povo.
PRB: Conte-nos, brevemente, sobre sua trajetória no PRB até aqui.
PP: Ao longo dos anos de 2013 e 2014, me envolvi profundamente no processo de conhecer o partido e na pré-campanha e campanha para deputado estadual. Nesta época, tomei posse da Presidência Zonal de Capão Redondo. Após as eleições, dei continuidade na caminhada republicana. Busquei energias e forças ao final do processo eleitoral e segui na militância política. O partido me deu um voto de confiança. Junto ao PRB, faço a coordenação política de seis cidades, estruturamos outras nove zonais e coordenamos a juventude de todo o Estado.
PRB: Por que decidiu assumir a liderança do partido em Capão Redondo?
PP: Sou morador desse bairro desde que nasci. Minha família está aqui há quase 60 anos! Temos uma história com essa região que politicamente é muito frutífera. Por exemplo, a primeira senadora mulher eleita no país, Eunice Michiles, era moradora do nosso bairro. Sem falar em outros nomes da politica nacional, estadual e municipal, que saíram dessa região.
PRB: Quais as principais realizações conquistadas no bairro do Capão Redondo desde sua nomeação?
PP: A instalação da UPA 24h, anexa ao Hospital do Campo Limpo, e o início das obras do Hospital de Parelheiros foram lutas nossas por meio de articulação com o Governo Federal. Isso aconteceu nos anos de 2013 e 2014.
PRB: Como você analisa o atual cenário político e gestão pública em São Paulo?
PP: De forma muito sintetizada, acredito que a atual gestão não atendeu a expectativa criada na campanha eleitoral de 2012. Os exemplos seriam inúmeros, mas para citar apenas um, o projeto Arco do Futuro (tão prometido através de animações, peças publicitárias televisivas) foi cancelado pelo atual prefeito logo nos primeiros meses de sua gestão.
PRB: E como os moradores de Capão Redondo se expressam sobre a atual administração?
PP: Há um enorme descontentamento, uma sensação de abandono da gestão pública, grandes problemas de segurança e, o pior dos problemas, o êxodo diário das periferias para o grande centro é intenso. A sensação de escravidão é pela ausência de oportunidades que não chegaram na periferia como prometido.
PRB: Sendo assim, qual sua expectativa para as eleições de 2016?
PP: Acredito que estamos sofrendo tanto com a atual gestão, que veremos no resultado das eleições o reflexo do nosso sofrimento. O voto de cada eleitor de São Paulo mostrará o quanto queremos mudança. #MudaSãoPaulo certamente será a nossa máxima nessas eleições. São Paulo precisa ficar 10, definitivamente!
PRB: Qual a importância de se ter uma representação do partido presente em cada bairro da cidade de São Paulo? E qual a relevância que essas ações terão para as eleições de 2016?
PP: O partido é formado por pessoas. Se conseguirmos continuar atraindo pessoas de bem para o 10, como já estamos fazendo, teremos uma grande onda de transformação pulsando pelas vias da cidade, não haverá espaços para os maus políticos. O PRB chegou para mudar São Paulo.
O reflexo das nossas ações, no período das eleições, diminuirá os impactos das mentiras lançadas pelos adversários. Amplificaremos nossa mensagem. Nosso plano de governo e nossas propostas chegarão aos ouvidos dos influenciadores da nossa cidade e nas casas das famílias paulistanas.
PRB: Para você, o que tem que ser mudado ou melhorado em nossa cidade? E especificamente no bairro de Capão Redondo?
PP: Nossa região carece de mais um hospital. Precisamos, definitivamente, da expansão da linha lilás do metrô, conforme consta no projeto original. Precisamos de uma faculdade federal com estrutura digna para cursos que podem mudar a vida dos jovens da nossa região. Para que todos esses projetos se realizem, precisamos de um prefeito ousado, sério e comprometido com a transformação na vida das famílias da nossa região.
PRB: Além de presidente zonal do partido em seu bairro, você acumula a coordenação estadual do movimento PRB Juventude. Como concilia as duas funções? Elas se unem ou se interligam de alguma maneira?
PP: Eu me coloco como um emissário do partido, enviado para levar nossa esperança de que por meio do “10” mudaremos nossa cidade e estado. Levo essa mensagem para o máximo de pessoas possível. Sempre que posso, identifico novos voluntários para essa missão. Assim, amplifico minha atuação e faço isso, preferencialmente, em conjunto com a juventude ou pessoas ligadas ao trabalho com a juventude.
PRB: Testemunhamos, de algum tempo para cá, movimentos e articulações de jovens nas diferentes esferas da sociedade. Como você analisa esse atual cenário? Essa expressão simboliza jovens mais politizados e participativos?
PP: Há muitos jovens se interessando por política, porém, em sua maioria, estão sendo manipulados e servindo de massa de manobra em atos sociais. Acabam sendo subservientes de interesse isolado ou pessoal de alguma liderança política.
Acredito que a juventude ainda não participa da política por meio da principal via democrática que nos leva às grandes transformações sociais. Esta é a via partidária. No PRB, trabalhamos para provocar uma verdadeira imersão da juventude na política. Nossos jovens estão aprendendo porque, para que e como se constroem as mudanças que desejamos em nossas cidades. Quando a juventude entender isso, viveremos uma verdadeira oxigenação na política do nosso país.
Por: Fábia Zuanetti – Coord. Ascom PRB/SP
Fotos: Lucas Campos /Alison Leite
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