Igualdade Racial: candidaturas de negros cresceram 47% no Republicanos Capital SP

São Paulo (SP) – No momento em que a sociedade discute possibilidades de maior inserção de pessoas negras em espaços de poder, como na área política, as estatísticas das eleições municipais de 2020 demonstram que o Republicanos Capital SP tem acompanhado essa demanda de parte da população. Exemplo dessa mudança é que, neste ano, o número de candidatos declarados pardos e pretos cresceu 47% na chapa da capital paulista, quando comparado com o pleito de 2016.

Conforme apontam os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2020 o Republicanos Capital SP lançou 31 candidatos pardos e 19 candidatos pretos. Segundo a classificação utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pardos e pretos, juntos, são considerados como negros.

Para o secretário municipal do Igualdade Racial, movimento do Republicanos que debate essa maior inclusão na sociedade e tem representantes em todas as regiões da capital, os números não são uma novidade. Pois, segundo Vagner Rosa, essa representação dos negros, ou a falta dela, tem mais relação com a falta de investimento nessas candidaturas do que com a ausência desse perfil da população, que hoje representa 56% dos brasileiros.

Além da mudança em termos raciais na chapa do Republicanos Capital SP, a legenda terá a posse de dois parlamentares negros para a próxima legistatura da Câmara Municipal, sendo André Santos e Sonaira Fernandes. 

No caso do vereador André Santos, que foi reeleito para seu segundo mandato com mais de 41 mil votos, há ainda o fato dele ter sido o candidato apoiado pelo movimento de Igualdade Racial. Isto é, os representantes do movimento haviam escolhido o seu nome para representá-los em uma possível vitória, que foi confirmada em 15 de novembro.

Nesse sentido, Vagner Rosa aponta que a eleição desses nomes para a Câmara Municipal representa “uma satisfação muito grande para todos”. E acrescenta que o objetivo, no entanto, não é só ter representantes negros no Legislativo, Executivo ou Judiciário, mas ter pessoas que entendam a causa. “Precisamos de pessoas que entendam que há uma necessidade de se desenvolver políticas públicas direcionadas a promover a equidade em todas as áreas da sociedade”, diz o secretário.

Próximos passos

Finalizado o período das eleições municipais de 2020, agora o movimento de Igualdade Racial trabalha para estimular a criação de ações afirmativas e também de valorização da diversidade étnico-racial.

De acordo com Vagner Rosa, esse trabalho está sendo realizado em parceria com o vereador André Santos, que também desempenha o papel de líder da bancada republicana na Câmara. “Nós queremos realmente ajudar a população paulistana, sobretudo para que tenham uma vida melhor, mais digna, com maior qualidade e mais justiça social”.

Os primeiros passos para 2021 ocorreu em uma reunião entre os secretários do movimento de Igualdade e o parlamentar. O encontro aconteceu na Câmara de São Paulo no fim de novembro (veja aqui).

Texto: Flávio Ribeiro/ASCOM Republicanos Capital SP

Arte: ASCOM Republicanos Capital SP

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2 thoughts on “Igualdade Racial: candidaturas de negros cresceram 47% no Republicanos Capital SP

  1. João Carlos Pereira says:

    Excelente matéria valorizando os vereadores do Republicano. Que fazem a diferença com projetos voltados para a População Paulistana . Parabéns a todos envolvidos nesta Matéria.

  2. cabinet-beeline.ru says:

    Quem era esse sujeito que foi chamado de “advogado dos oprimidos”, “amigo das classes trabalhadoras”, “paladino do operariado”, “egr gio parlamentar” e despertou tanta aten o da opini o p blica? Basta lembrar que, em seu enterro, compareceram intendentes municipais, senadores, deputados, representantes do presidente do Estado do Rio de Janeiro e de agremia es oper rias. Quem era esse sujeito que foi estimado at mesmo por associa es em defesa dos “homens de cor”? Sabe-se que ele era negro, de c tis bem escura, e foi eleito deputado federal em 1909, mas como isso foi poss vel? Como se deu essa vit ria eleitoral e, notadamente, como esse processo foi eivado pelo preconceito racial? S o essas as quest es que nortear o o artigo. Al m de abordar a racializa o da sociedade e da pol tica, a ideia aqui demonstrar que o “preconceito de cor” – um recurso potencializado toda vez que o negro ousava n o permanecer no seu devido lugar – nem sempre era cordial no Brasil da Belle poque.

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